Somente entre os anos de 1959 a 1982, o carro foi o modelo mais vendido no país.
O carro mais popular do século XX está fazendo aniversário neste 20 de janeiro, data em que é celebrada o Dia Nacional do Fusca. A empresa automobilística Volkswagen trouxe o veículo para o Brasil, na mesma data, no ano de 1959. Somente entre os anos de 1959 a 1982, o carro foi o modelo mais vendido no país. Mas, a paixão dos brasileiros pelo charmoso carro ainda rendeu por muitos anos e perdura até hoje.
O veículo foi tão popular, que estrelou até as telas do cinema, no filme ‘Herbie – Meu Fusca Turbinado’, em 2005, protagonizado por ele e a atriz Lindsay Lohan.
Em Feira de Santana é possível encontrar diversos apaixonados que conquistaram o carro ainda no século passado e até hoje mantêm o veículo por perto.
O fusca foi o primeiro carro de muita gente, como o caso do apaixonado Geraldo Santos Souza. Ele lembra até a data que o automóvel chegou em sua vida.
“Tenho ele desde o dia 17 de fevereiro de 1975. Vão fazer 49 anos que eu tenho ele. Eu já viajei muito, eu viajava para Jacobina, Rui Barbosa, Miguel Calmon, já estive em Recife, Salvador, aqui para o lado de Maragojipe, Santo Amaro adentro, essa região aqui de Coração de Maria, Irará, tudo isso eu rodava. Araci, Jorro, Tucano”, contou.
Na época em que adquiriu o carro, Geraldo conta que escolheu o modelo por ser mais popular. Ele falou sobre outros motivos que o levaram a permanecer tantos anos com o mesmo veículo.
“Era um carro fácil de manejar, tudo dele é mais fácil. Até nas barracas a gente encontrava peça na época, até hoje ainda se encontra peça, mesmo usada, mas encontra. Não tem motivo nenhum para eu parar de usar esse carro. Muita gente quer comprá-lo e tal, mas eu gosto dele, foi o primeiro que tive, eu tenho outro”, relatou.
Para os interessados em comprar, Geraldo reforçou logo que não há dinheiro que pague pelo seu fusca.
“Não tem valor comercial. Eu achei várias propostas, antigamente, mas sabem que não vendo. Ainda há gente que começa a me encher o saco: É para vender? Não, não é para vender”, reforçou.
Geraldo que é chapista aposentado, disse que não gosta de trabalhar com o fusca, mas também não se vê se desfazendo do automóvel.
“Eu não gosto de trabalhar em Fusca, porque é um pouco mais complicado comparando com os carros mais novos. Mas naquela época era o carro que eu mais trabalhava, além da Kombi”.
O aposentado não faz parte de nenhum grupo específico para amantes de fusca, mas confirma que tem amigos que possuem o veículo, trabalham na mecânica deles e também não se desfazem do carro. Mas, no desfile da Independência do Brasil, 7 de setembro, ele não deixa de participar.
“Eu tenho um amigo, por exemplo, ele tem uma oficina que só mexe com Fusca. Ele tem uns três só do uso dele. Todo mundo leva lá”, pontuou.
Na opinião dele, outro fato que tornou o carro tão popular na época em que era jovem era o baixo consumo de gasolina.
Segundo Geraldo, seu fusca atinge em média 120 km na estrada. Em alguns momentos ele já participou de caravanas com outros proprietários.
Dia Nacional do Fusca
O presidente do Clube do Fusca em Feira de Santana, Mário de Jesus Sousa, falou sobre a programação em comemoração ao Dia Nacional do Fusca, que este ano está marcada para domingo (21). A concentração dos veículos vai acontecer em frente a TV Subaé, às 9h da manhã, com destino a Conceição do Jacuípe (Berimbau).
O ‘Menino do Fusca’, como Mário é conhecido, possui atualmente oito fuscas, mas ele já chegou a ter 14 automóveis desse modelo. Ao Acorda Cidade, ele falou sobre seus negócios com a compra dos automóveis e sua maior motivação que é a paixão pelo carro.
Segundo Mário, para quem quer manter o caaro na garagem, uns R$ 10 mil dá para adquirir, mas para quem gostaria de rodar com o xodó, teria um custo de em torno de R$ 30 mil.
Ele que também possui o primeiro fusca, aquele que ficou conhecido como ‘Fusca Itamar’ (lançado de 1993 a 1996 e impulsionado pelo governo do presidente Itamar Franco), disse que não se desfaz de nenhuma forma do carro.
“O meu eu não vendo. O meu Itamar está aí, eu já achei R$ 30 mil, mas não vendo. Eu já fui para Petrolina, com o Fusca, eu fiz muitas amizades e faço muitas. Conheci muitas cidades”, relembrou.
Sobre a segurança nas estradas, andando em um veículo do século passado, ele reforça que estando tudo em ordem, a viagem certamente é tranquila.
“Dá para viajar tranquilo, pode fazer sua programação de viagem e vai de boa, não tem problema nenhum. Por sinal, até nas BRs, os carreteiros, os carros dão prioridade, buzinam e tudo. Se tornou um hobby muito legal, legal demais”, ressaltou.
Fonte Acorda Cidade
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