Seminário de Combate à Violência Psicológica Contra a Mulher é realizado pela Prefeitura de Alagoinhas para impedir a escalada do abuso e qualificar a Rede de Atendimento

 

Foto: SECOM

Como parte do Janeiro Branco Delas, aconteceu, nesta segunda-feira (31), o Seminário de Combate à Violência Psicológica Contra a Mulher, realizado pela Prefeitura de Alagoinhas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS). Contribuíram para a pauta de interesse público, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), a Secretaria de Saúde (SESAU)/Maternidade, a Secretaria de Educação  (SEDUC), a Central de Apoio e Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas (CEAPA), o  Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar  (SINTRAF) e o Programa Qualifica Alagoinhas.

O Seminário qualificou e sensibilizou a Rede de Atendimento  para o reconhecimento do abuso à mulher de forma precoce, para prevenir a escalada da violência e evitar, consequentemente, o feminicídio. Também foram divulgadas  estratégias de combate à violência doméstica e familiar, a fim de ampliar as ações de prevenção. Adesivos com os contatos da Rede de Atendimento foram distribuídos, durante a ação, para que serem colados nas Instituições envolvidas.

A iniciativa foi uma proposta em conjunto da Coordenação de Política de Proteção à Mulher com o Conselho de Defesa das Mulheres do município, “tendo em vista que os altos índices de violência doméstica demonstram que nós devemos, de fato, intensificar as ações, tanto de combate e enfrentamento à violência quanto de divulgação da Rede”, informou a Coordenadora Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Jamile Oliveira.

Foto: SECOM

A Coordenadora também falou sobre a necessidade de discutir violência psicológica com o recorte de gênero, por isso a proposição do Seminário. Foram abordados aspectos relacionados à divisão social do trabalho, à violência de gênero, que se manifesta de diversas formas: psicológica, física, patrimonial, moral; assim como a violência sexual, como assédio e importunação sexual. “Violências que a gente sofre, tanto dentro da própria casa, como no caminho para o trabalho e nos postos de emprego”.

A presidente do Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres de Alagoinhas, Renata Fortaleza, citou as estatísticas “que falam por si mesmas”, para justificar  a necessidade de discutir a violência contra a mulher. “Sob a perspectiva da sociedade machista sempre haverá contestação sobre esse tema. As mulheres continuam a ser violentadas ,  continuam perdendo o direito à vida e a gente precisa, sim, falar a respeito e  a sociedade precisa ouvir”.

Renata falou, ainda, que  a violência bate em todas as portas, “ela não tem classe social, ela não tem cor. A gente tem que pensar que essa violência é cultural, o machismo é cultural  e a cultura não se muda do dia para a noite. A gente precisa reconhecer e pensar sobre isso todos os dias”.

Marcaram presença no Seminário de Combate à Violência Psicológica Contra a Mulher: a vereadora Juci Cardoso, Presidente da Comissão de Direito das Mulheres; Emanuele Lopes, Diretora de Inclusão e Promoção Social da SEMAS; Jamile Oliveira,  Coordenadora de Diversidade Social da SEMAS; Ivanildes Pereira, Assistente Social do CRAM; Lyvia Taufner , advogada do CRAM; Moacir Lira, pós-doutor em psicologia e ex-secretário de Saúde; e Renata Fortaleza, Presidente do Conselho de Defesa das Mulheres de Alagoinhas.

Fotos: Secretaria de Comunicação (SECOM)

 


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